Título da Fanfic: Almas da Primavera
Título do capítulo: Capítulo 1
Categoria: Originais
Gênero: Suspense, Colegial, Drama
Classificação: 10+
“Pensamento”
- Fala
Narração
A história começa em uma escola do Japão, mais precisamente em uma sala do colegial na ala feminina do colégio. O professor acabara de entrar na sala de aula, quando se virou para a porta onde uma garota de cabelos loiros e olhos azuis estava parada.
- Entre agora. Pessoal essa garota se chama Hikareno Myaka, ela se mudou recentemente da Inglaterra e a partir de hoje será colegas de vocês – Diz o professor enquanto a garota entrava na sala de aula – Por favor sente-se do lado da senhorita Hariname Sakoyo.
A garota vai até a classe que o professor havia mostrado e senta-se. O professor então começa a dar suas aulas.
- Então vamos à aula de Japo... – Diz o professor quando é interrompido pela porta da sala que abre bruscamente
- Espere um momento! Cheguei! – Diz uma garota de olhos e cabelos azuis escuros (os cabelos vão até um pouco mais abaixo dos ombros) que estava entrando pela a porta.
- De novo atrasada Naagy? Você nunca aprende? Bom, sente-se logo e não atrapalhe mais! – Diz o professor já irritado com a garota.
Myaka, que ficou inquieta com a chegada da garota, logo pergunta para a garota ao seu lado:
- Quem é essa garota?
- Ela é a Naagy Shiame, mais conhecida como Shi-chan. A mãe dela abandonou ela e o pai quando ela ainda era um bebê, desde esse acontecimento ela foi criada pelo pai, que morreu à dois anos. Atualmente ela tem trabalhado para sobreviver. A vida dela é bem corrida: De manhã ela estuda, à tarde trabalha como enfermeira aqui no colégio e à noite trabalha como atendente em uma farmácia. Ela mora junto com a Mikiri e comigo em um apartamento para colegiais aqui perto. Ávida dela é dura, mas nós tentamos ajudar.
Depois de ouvir tudo isso Myaka pensa em ir falar com Shiame, pois ela parecia ser muito legal. Mas agora passamos para Shiame que está com a cabeça deitada em cima da classe e praticamente dormindo.
- Acorda Shi-chan! Depois você não sabe o porque de ir mal nas provas! – diz Mikiri tentando incentivar a garota.
- Uuu... Ok, ok! To acordada! É que ontem passei a noite inteira fazendo o trabalho de literatura... – Diz Shiame com os olhos muito vermelhos.
-Não tem jeito mesmo... Só tenta ficar acordada, ok? – Diz Mikiri vendo que ela não tinha moral pra falar com a Shiame sobre isso.
Agora vamos para o fim das aulas (ou vocês querem ver uma aula de Japonês? xD). Shiame está caminhando em direção à sua casa quando aparece Myaka.
- Você é a Shiame, não? A Sakoyo me falou de você!
- Falou é? Sim sou a Shiame, mas pode me falar de Shi-chan! – Fala Shiame ainda com cara de sono.
- Ok, Shi-chan, você parece bem legal, seria bom se algum dia pudéssemos conversar mais, não?
- Claro que sim! Falando nisso, você não conhece a escola inteira ainda, certo?
-É, eu conheço só o prédio colegial da área feminina...
- Então vamos fazer assim: Eu trabalho como enfermeira no colégio à tarde, então venha até a enfermaria hoje à tarde que eu peço para me deixarem apresentar a escola pra você!
- Mas isso não seria um incomodo pra você?
- Não, bem pelo contrario, não preciso trabalhar daí! Hehehehehe!
-Ok então.
À tarde Shiame foi com um sorriso para o trabalho. Ela ficou na enfermaria até Myaka chegar (o que não demorou muito). Então Shiame e Myaka começaram seu tur pelo colégio. Começaram pela área feminina e depois foram para a masculina. Todo esse tur só terminou no fim da tarde.
-Então, gostou?- Diz Shiame com um ar de amizade
- Sim, mas... É meio grande!! – Diz Myaka já arfando
- Bom, eu estou acostumada... Mas agora tenho que ir! Tchau!
-Adeus
Shiame então vai até sua casa onde vê uma carta.
- É para você essa carta, Shiame – Diz Mikiri sentada na cozinha comendo chocolate.
- Pra mim? Uia... Deve ser algum problema, nunca recebo cartas – Diz Shiame enquanto pega a carta – Quem será o remeten...
- O que foi Shiame? Quem é o remetente? – Diz Mikiri assustada com a cara da amiga
- É-é-é... Da minha mãe! – Diz Shiame extremamente assustada
- Nani? Tem certeza?
- Sim! Está escrito aqui: Remetente Izabella de Freitas.
- Que nome estranho... Como você sabe o nome de sua mãe?
- Meu pai me falou uma vez... O nome é estranho porque ela era da América...
- Então você é meio americana? – Diz Mikiri não se importando com o fato de Shiame não se lembrar da mãe.
- Isso é o de menos! O que será que ela quer? Por que ela só me mandou essa carta agora?
- Abra logo a carta e descubra!
- Sim, é isso que vou fazer.
Shiame abre a carta e a lê.
“ Minha querida filha Shiame!
Com certeza você não se lembra de mim, mas creio que seu pai falou de mim para você. Falando nele, soube que ele morreu à alguns anos. Atualmente estou morando no Brasil, e gostaria muito de me encontrar com você. Eu irei até o Japão no sábado, e espero que você aceite conversar comigo.
Desculpe por todos esses anos de ausência,
Izabella”.
Depois de Shiame ler a carta em voz alta, Mikiri logo se interessa por sua reação.
- Então Shi-chan, o que você acha de ela falar isso depois de todos esses anos? Vai recepcioná-la?
- Não sei o porquê de ela ter demorado tanto para falar comigo, mas... Sim, vou recepcioná-la. Ela deve ter seus motivos.
- Ok. Se você quiser eu posso falar com a Sak-chan, daí nós podemos passar o sábado fora para vocês ficarem sozinhas.
- Obrigada Mi-chan. Bom, estou morrendo de fome!
- A Sak-chan fez um bolo de chocolate, se quiser ta no forno!
- Weeee! Claro que eu quero!
Depois de comer Shiame vai até a farmácia trabalhar, e, diferente dos outros dias, estava feliz. Apesar de nunca ter dito um de seus maiores sonhos era encontrar sua mãe.
Com isso os dias passam e finalmente chega o dia tão esperado: Sábado!
- Shi-chan! Estamos indo, ok? – Diz Sakoyo quando estava saindo pela porta junto com Mikiri – Divirta-se com sua mãe!
- Ta bom! Sayonara! – Diz Shiame super feliz.
O tempo passa e quando chega 9 horas da manhã a campainha do apartamento toca.
“Será que é ela?”
-Já estou indo! – Diz Shiame enquanto seu coração quase saia pela boca.
Quando Shiame abre a porta vê uma mulher alta, loira e de olhos azuis com uma roupa azul claro.
-Vo-você é minha mãe? – Diz Shiame quase tendo um ataque.
- Sou sim, você deve ser a Shaime, certo? – Diz a mulher com um sorriso nos lábios.
Shiame não agüenta a tensão e abraça-a.
- Você nem acredita quantos anos eu estive a procura de você! Esse era o meu maior sonho! – diz Shiame já chorando.
- Me desculpe por ter te deixado sozinha... Mas eu não tive tempo, não consegui! Me desculpe! – diz Izabella já abraçando Shiame.
- Entre, por favor! Temos muito para conversar!
- Sim!
Shaime ficou horas falando de como foi sua vida até agora, de como sempre quis ter uma mãe, de como se sentia diferente das outras pessoas por não ter uma mãe, de como era duro trabalhar para sobreviver... Quando ela finalmente parou para respirar e deixou sua mãe falar.
- Realmente você não merecia essa vida... Me desculpe! É tudo culpa minha, mas agora vamos mudar isso! No Brasil onde eu moro sou dona de uma empresa, e por isso antes de vir fiz uma conta para você, aqui está a senha, espero que pelo menos seus problemas de dinheiro que consiga resolver – Diz Izabella enquanto entrega um papel para Shiame.
“Meu Deus, minha mãe é querida rica e...É minha mãe! Só pode ser um sonho”
- A-arigatou! – Diz Shiame ainda não acreditando.
- Bom, eu não tenho tempo a perder, meu avião de volta sai daqui uma hora (sim, a Shiame falou tanto que ela só teve chance de falar aquilo), eu adoraria que você fosse comigo para o Brasil!
- Não posso... Me desculpe... Eu nasci aqui e fui criada aqui, não consigo abandonar esse lugar
- Eu já esperava por isso... Que triste, mas mesmo assim vamos nos falar! Agora preciso ir! Adeus!
- Sayonara!
Shiame vai até a porta e abre ela, naquele momento sua mãe para e põe a mão na bolsa.
- Já ia me esquecendo! Queria dar isso para você! – Diz Izabella enquanto entrega um colar com uma pequena bolinha preta de pingente – Esse colar á para você gueardar! Ouviu? Guardar! Não o use!
-Ce-certo! Sayonara!
Então a mãe de Shiame vai embora, mesmo sem Shiame entender o porquê de não poder usar o colar.
Fim do capítulo 1
